terça-feira, 26 de agosto de 2008

Arquivo X- Eu quero acreditar


Cadê o trailer?
Toma!

Ficha técnica:

Ficha Técnica
Título Original: The X-Files: I Want to Believe
Gênero: Ficção Científica
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Direção: Chris Carter
Roteiro: Frank Spotnitz e Chris Carter, baseado em personagens criados por Chris Carter
Produção: Chris Carter e Frank Spotnitz
Fotografia: Bill Roe


A frase de efeito, ui!
"If Father Joe were the devil, why would he say the opposite of what the devil might say? "

Olha, é o seguinte...

Esse é especial. A minha resenha saiu gigante, então aqui vai uma ótima, e que eu concordo 92% :D

Os outros 8% são só divagações de uma exer mesmo (para quem não sabe exers são fãs de Arquivo X, que nem tekkers são de Star Trek e etc /NERDMODEON) e numa coversa, só entre fanáticos ou pessoas muito desocupadas, eu conto todas :)


“What I’ve seen, I saw because I wanted to believe. If we look too hard, maybe we become mad. But if we continue to look we become liberated. And we come awake as if from a dream.”
( Fox Mulder)


Arquivo-X: Eu Quero Acreditar não é um comeback. Tampouco um ponto de partida para uma nova franquia. O filme de Chris Carter mais parece um acerto de contas: com uma memória afetiva, com a história dos personagens, com as principais questões que movimentavam a série de TV. Todas as paranóias e conspirações, todos os desdobramentos mirabolantes das intrigas governamentais que constituíam a “mitologia” do seriado, encontram-se distantes. Os Arquivos-X foram fechados há tempos e não há sequer uma menção a eles. Na realidade, como o próprio título indica, o filme se debruça sobre aquele que foi o mote central do seriado ao longo de seus nove anos de existência: o desejo de acreditar. Este desejo, no entanto, encontra-se aqui ligeiramente reconfigurado. Não se trata necessariamente da dialética entre crença e ceticismo em eventos paranormais, ou mesmo em conspirações, mas da crença como força motora do homem.

A fala citada acima ilustra a crise que atingiu o personagem de Mulder em determinado momento, momento no qual todo o universo criado por Carter e seus colaboradores dobrou-se sobre si mesmo e deixou de tematizar exclusivamente os fatos, focando-se sobretudo na construção destes. E, embora a relação entre os dois protagonistas, calcada na disputa entre privilegiar tudo o que está além da compreensão (Mulder) e partir sempre daquilo que pode ser provado e explicado (Scully), sempre tivesse colocado esta questão na roda, a partir deste ponto a inocência é definitivamente perdida. Da teimosia questionadora e impulsividade inconseqüente de adolescente a uma percepção de impotência diante da complexidade que a simples maquinação humana pode atingir, eles chegam a um ponto em que saber não é mais suficiente e o verdadeiro problema passa a ser se posicionar.

Mas muito tempo depois, após todo o universo de intrigas que constituíam a ficção-base do imaginário do seriado ter se fechado e os personagens terem se posicionado, por fim, com o recolhimento como única solução possível, Chris Carter decide voltar a eles. Neste tempo do “depois” em que a narrativa do filme se situa, Mulder e Scully parecem viver numa realidade um tanto distinta daquela em que viviam anteriormente. Como sublinha Scully, eles são agora pessoas “que voltam pra casa à noite” e que “não caçam mais monstros”. Existe um peso de responsabilidade que paira no ar; responsabilidade com a própria vida e com a vida do outro. (Sob certo ponto de vista, à luz deste filme poderíamos mesmo dizer que a história de Arquivo-X é uma história de amadurecimento.) Há, enfim, um “gap” fundamental entre tudo o que conhecíamos como a história dos Arquivos-X e o que vemos neste filme.

Mulder é um foragido, Scully tem um trabalho regular como médica num hospital. E a união dos dois ganhou outra conotação: não mais um time para solucionar casos bizarros e fazer frente a manobras nefastas do poder, mas um casal de outcasts que só tem um ao outro no mundo. Aliados não só pelas circunstâncias, como por sua relação essencialmente polarizada, os dois atravessaram juntos um processo de afastamento gradual de sua inserção na sociedade, do qual este filme é o testemunho final. Do seio da oficialidade, o FBI, para uma casa isolada no meio do nada. Esta condição de “pária” dos personagens, para a qual Scully terminou sendo tragada por Mulder, é um dos eixos centrais de Arquivo-X: Eu Quero Acreditar. Seja pela lembrança da eterna impopularidade de Mulder quando era agente, seja pelo embate de Scully com os padres, colegas e superiores no hospital onde trabalha. E isto é construído não apenas nos diálogos, mas, principalmente, numa cuidadosa orquestração de olhares: são as trocas de olhares que fazem de Scully uma profissional indesejada no hospital, e as miradas nada calorosas que ambos recebem ao atravessarem os corredores do FBI que demonstram o quanto os dois são corpos estranhos naquele ambiente.

Estranhos não somente por incompatibilidade. Como a excelente piadinha com a foto de George W. Bush na parede denota, os tempos mudaram. A América já não é a mesma, e talvez realmente não haja mais espaço para ousadias e posturas desafiadoras – porque, afinal, a lógica do equilíbrio entre poder e oposição foi substituída pela lógica do pensamento único. E, com isso, algo certamente se perdeu. À preocupação de Mulder com sua remota incriminação pelo FBI, uma vez que ele saiu da toca, a agente Whitney responde: “o passado é o passado”. O passado, no entanto, sempre foi vital para os personagens de Chris Carter. E, por sobre o hiato de história que configura Arquivo-X: Eu Quero Acreditar, este passado se faz absolutamente presente, colocando Mulder e Scully diante de seus fantasmas pessoais e do peso (oculto) de tudo que eles viveram.

Por isso a questão da crença mais uma vez, já que ela é origem e fim. Para reencontrar estes personagens, é necessário situá-los em relação à sua força vital. O roteiro os coloca, então, cada qual do seu lado, frente às suas próprias convicções. Graças ao pseudo-vidente, Mulder vê-se confrontado à sua questionável obsessão por eventos fora do normal, gerada pela perda traumática da irmã; por conta do menino com uma doença terminal, Scully depara-se com sua crise interior entre a fé em Deus e na Ciência. Estes dilemas em paralelo é aquilo que anima a relação entre os dois – baseada no binômio aproximação-afastamento – e o que, por fim, transforma a questão da crença numa questão de confiança mútua. Entre o padre degenerado que enxerga além dos olhos e o padre exemplar que não vê nada além de doutrinas sem alma, Mulder e Scully reafirmam a fé um no outro.

Mas talvez o mais fascinante de Arquivo-X: Eu Quero Acreditar seja o fato de que Chris Carter efetua um resgate propriamente dito, recolocando as coisas em seu lugar inicial. Como que “liberado” do esforço de tudo conectar, ele reencontra uma leveza reconfortante, tornando tudo um tanto despretensioso. Estão lá, em admirável equilíbrio, o enredo meio B, com suas doses de gore, as provocações políticas, os temas existenciais, e, sobretudo, o irresistível bom humor. A trama apresenta-se antes de tudo como dado agregador, uma vez que o que importa de fato é a força que une seus personagens e o que se passa entre eles. E se, por um lado, Arquivo-X: Eu Quero Acreditar está carrega uma boa dose de nostalgia, por outro ele tem um caráter libertador: ao final, para “livrar” Mulder e Scully da escuridão dos homens e do desconhecido – do mistério de tudo que há entre o céu e a terra que os assombra –, a câmera se afasta progressivamente da neve que toma conta da paisagem do filme, indo encontrá-los no meio de um mar ensolarado paradisíaco.

Por Tatiana Monassa

e tirado daqui:http://www.contracampo.com.br/91/critxfiles2.htm

PS: esse postêr não é oficial, mas é melhor do que os oficiais medonhos da Fox.

sábado, 23 de agosto de 2008


TOP 20 os melhores High school movies


Por Lucy


"Cube dos 5"
(The Breakfast club, 1985)


"Nós todos somos bizarros. Uns só escondem melhor que os outros."



Com essa frase e outras marcantes, "Clube dos 5" ainda é o melhor filme high school movie de todos os tempos. O diretor John Hughes deixou as comédias adolescentes um pouco de lado, e resolveu retratar com sensibilidade que faltava nas produções anteriores para essa fase tão mágica. Todos juntos na detenção; uma princesa, um marginal, um esportista, um nerd e uma maluca, descobrindo que são mais parecidos do que imaginam....


"Curtindo a vida adoidado"
(Ferris Bueller's Day Off, 1986)



A máxima adolescente de burlar as aulas, para simplesmente fazer... nada :D . O trio do diretor John Hughes; Ferris, Cameron e Sloane se tornaram ídolos de uma geração meio ressacada de guerras e tão politizadas décadas anteriores. O protesto foi dançar "Twist and shout" dos Beatles nas ruas de New York e o único lema era salve, salve Ferris!

"Rock and Roll High School"
(Rock and Roll High School, 1979)



Talvez muitos não lembrem do filme. Mas é imperdível, façam uma busca nos cantos empoeirados das locadoras e esqueçam aquela baboseira que a Disney fez. O teen spirit está aqui e pertence aos Ramones!

"Carrie- A estranha"
(Carrie, 1976)


"They're all gonna laugh at you"



Baseado na obra de Stephen King e dirigido por nada menos que o diretor Brian de Palma o filme é um clássico do terror e high school dos bons. A atuação de Sissy Spacek na pele da rejeitada adolescente lhe rendeu uma indicação ao oscar, e alma lavada para todos sofreram chacotas no colégio. Destaque para a mãe fanática religiosa de Carrie que me rendeu altos pesadelos.Com uma vida tão dura, a moça acaba explodindo na noite do baile, depois de mais uma humilhação. Hormônios adolescentes e telecinésia não combinam: ela acaba incendiando o baile de formatura e matando uma boa parte eletrocutada O.o

"Grease"
(Grease, 1978)



Saindo agora do banho de sangue, para um banho de brilhantina é bom citar o musical. A história de Danny e Sandy( sim, rimando mesmo!) embalou os corações e a cultura pop no fim da década de 70. A história é a mais clichê possível; o amor de verão entre a aluna nova estrangeira e o bad boy do colégio, e toda a cantoria que isso dá. No elenco estavam a musa angelical Olívia Newton Johnson e o galã em ascenção John Travolta.O resultado foi sucesso estrondoso nas bilheterias e quase todas as músicas do filme nas paradas.

"Karatê Kid"
(Karate Kid, 1984)



É aquela velha história, se você é um nerd você provavelmente é péssimo nos esportes. Mas não Daniel San! Ele pega a mais gata do colégio, dá uma taca do loiro valentão, e transforma o passo mais gay do karatê o mais utilizado de todos os tempos! E ainda tem Sr. Myagui, que pega mosca com pauzinhos e já arrancou um olho do Pai mei!

"De volta para o futuro"
(Back to the future, 1985)



MCFLY!!!

"Gatinhas e gatões"
(Sixteen Candles, 1984)



A tradução brasileira do título original "Sixteen Candles"( "16 anos") acabou confundindo muita gente sobre a história do filme. O filme conta a história de Samatha, uma típica adolescente com problemas familiares e seu inesquecível ( e maluco o.O) aniversário de 16 anos. Vale a pena pelo elenco de ainda desconhecido de estrelas fazendo pontas e o triângulo amoroso entre a moiçola, o gatão da escola e seu amigo nerd. Também a primeira aparição da ruivinha Molly Ringwald em mais high school movie inesquecível do diretor John Hughes.

"Juventude Transviada"
(Rebel without a cause, 1955)


"You're tearing me apart!"



Íncone de uma geração que despertava ainda. É o espírito adolescente vivo de cuspir fogo o tempo todo, a revolução por revolucionar :) . O Jim Stark de James Dean , sempre vai ser o símbolo de uma rebeldia estilosa....

"Namorada de aluguel"
(Can´t buy me love, 1987)



As meninas que assistem "Greys Anatomy" nem vão acreditar que o Dr.Mcdreamy já foi o esquisitão da escola. Pois é, mostra a tentativa de Ronald ( sim sim, Mc.dreamy!) de contratar a garota mais popular do colégio para ser sua namorada. E claro que ela aceita. Cláaassico da sessão da tarde.

"As patricinhas de beverlly hills"
(Clueless, 1995)



Talvez o mais criativo e mais legal dos anos 90. É impossível resistir as patricinhas Cher e Dione, aos seus "WHAT-EVER", aquelas roupas xadrez, e é claro, Josh *_*. Mais um mostrando que as tribos diferentes, podem se unir sim, e da melhor forma possível. Vamos as compras!

"Mal posso esperar"
(Can´t hardly wait, 1998)



Finalmente a geração anos 90 econtra sua cara, com referências dos íncones pop, boa trilha sonora e nada de nostalgia. Tudo se passa na festa de despedida do colégio, e a tentativa frustrada de Preston em declarar finalmente seu amor por Amanda ( Jennifer Love Hewitt, musa mor da época) através de uma carta, antes que a moça vá embora. Adorável e indispensável, destaque para o nerd bêbado cantando "Paradise city", muuuito bom!

"Segundas intenções"
(Cruel Intentions, 1999)



É hora de ver os podres do lado phiiiino de Nova York. Baseado supostamente na obra "Ligações Perigosas" , causou polêmica; era demais beijos lésbicos no Central Park e vilões ricos, lindos e irônicos destilando veveno em Uper East Side. Pois é, antes da série "Gossip Girl" reinar, eram a dupla Sebastian ( vivido por um novinho Ryan Phillippe) e sua meia-irmã Katherine ( Sarah Michelle Geller no auge de sua carreira ainda de Buffy) que infernizavam a vida dos alunos de uma tradicial escola particular de luxo. É sexo, drogas e música clássica!

"Sociedade dos poetas mortos"
(Dead poets society, 1989)



O premiado e querido filme desperta aquela paixão que todos temos alguma vez na vida por algum professor, um capitão. Lindo, lindo.

"Donnie Darko"
(Donnie Darko, 2001)



Fim do mundo, Joy Division, viagem no tempo, simbolismos, Freud, e um coelho bizarro. Pois é, Donnie Darko mostrou que high school movie pode ser cult sim...

"10 coisas que eu odeio em você"
(10 things i hate about you, 1999)



Esse é um dos mais queridos. A adaptação da obra de Shakespeare "A megera Domada" para a atualidade foi bem interpretada através da ácida Kat ( Julia Stiles) que é domada pelo esquisitão Patrick( um inresistível Heath Ledger). Kat cuida da irmã mais nova Bianca com rédeas curtas, e é aí que Patrick entra, ele é pago pela moça para conquistar Kat e abrandar seu coraçãozinho gelado. O resultado é Patrick cantando "I love you baby"no estádio de futebol em uma das cenas das lindas que Heath Ledger já fez. Vale pela nostalgia, e por lembrar dele desse jeito....

"Virgens suicidas"
(The virgin suicides, 1999)



O filme de Sofia Copolla é devastador. A fotografia, a trilha sonora e as interpretações são de tirar o fôlego. Traz todo o clima entorpecente dos anos 70, e a claustrofobia das enclausuradas irmãs Lisbon. Apesar da trama escolar ser um elemento de fundo, todos os componentes de um high school movie estão lá, as musas, o galã, os sonhos e desilusões...

"American pie"
(American Pie, 1999)



Muita gente achou o filme extremamente ultrajante. Para mim, resgatou esse espírito trash e sem pudor dos anos 80. Os méritos foram a escolha de um elenco de atores carismáticos ( Stifler é rei!) , palavrões estratosféricos, uma certa torta quentinha, e peitos, muuuitos peitos....

"Pânico"
(Scream, 1996)


"Hello, Sidney!"



Pânico foi o culpado de uma febre de filmes de terror que marcaram o fim da década passada. A máscara usada pelo assassino, foi tão parodiada e usada que hoje não causa medo, e nem graça. O sucesso estrondoso do filme acabou desgastando o gênero. Hoje em dia, ninguém mais suporta a história de um assassino maluco matando adolescentes peitudas. Mas de fato, o filme do mestre Wes Craven merece a posição. Confeso que quando assisti o filme pela primeira vez, fiquei com medo por um bom tempo de atender telefones e passava longe de objetos pontiagudos na cozinha. O.o

"Nunca fui beijada"
(Never been kiseed, 1999)



A comédia romântica bobinha de Drew Barrymore ( algo quase redundante!) merece um lugar aqui pela originalidade. Uma repórter infiltrada vivendo na pele de novo o que é ser adolescente é uma idéia deveras legal.